"(...) Caminhamos até este lugar. Fecho os olhos para conhecer o que se torna igual a uma promessa. As flores morrem nas jarras e deixam cair ao longo dos caules um peso estranho. Tu reparaste na sua transparência? Como era íntimo esse movimento capaz de vir percorrê-las para ser menor esta destruição. É assim que principia a perda do mesmo brilho que existe à nossa volta. Já nada espero e, por isso, deixei que de mim o tempo se afastasse. De longe chega uma voz e ela procura os lábios vazios até ficar dispersa pela névoa. É talvez uma única palavra. Há quem julgue que se trata da pronúncia que passa por uma ferida. (...)"
Fernando Guimarães