No tempo há a nobre clemência da proporção
Com generosidades para lá do acreditar
(embora carne e sangue o acusem de coação
ou mente e alma o condenem por decepcionar)
Os seus caminhos não são racionais nem irracionais,
a sua sabedoria anula conflito e entendimento
- os saaras têm os seus séculos; dez mil
dos quais são mais pequenos do que a rosa para um momento
Há tempo para rir e há tempo para chorar –
para a esperança para o desespero para a paz para a saudade
- um tempo para crescer e um tempo para morrer:
uma noite para o silêncio e um dia para cantar
Mais do que tudo (como os teus mais do que olhos
me dizem) há um tempo para a eternidade.
E. E. Cummings - Tradução de Cecília Rego Pinheiro
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