"Não me agradam esse homens
bem fracionados no tempo,
cedendo-se amavelmente
em todas as ocasiões
e mais também
não me agradam
os partidários tão vários,
de toda moderação.
Vou passando bem distante
Vou passando bem distante
desses homens comedidos.
deses homens moderados.
Antônio guarda seu vinho
Antônio guarda seu vinho
muito mais de vinte anos
para bebê-lo mais velho...
Clara não estréia o vestido
quer outra oportunidade.
Os noivos em castidade
Os noivos em castidade
bem além de doze anos
ainda apregoam o amor.
Os homens de ferro
Os homens de ferro
hoje só sabem anunciar
uma mensagem de espera.
Aguarda a felicidade,
Aguarda a felicidade,
vê o momento oportuno,
não penses nunca em amor...
Nem sejas tão ansioso,
resiste à melhor viagem
desconhece a emoção.
O hino dos comedidos
O hino dos comedidos
de todos bem fracionados
a humanidade invadiu.
Desejam oportuníssimos,
Desejam oportuníssimos,
sempre expelindo relógios
aguardam os melhores instantes
subdivididos em prazos,
subdivididos em prazos,
doutrinam sincronizados,
sofrendo convencionais
apenas grandes tristezas
creditadas nos jornais.
Eu? Eu já sou diferente.
Eu? Eu já sou diferente.
Não sei viver minha vida
entoada nesse hino
esterelizada em prazos
de regras universais.
Não me situo na espera
Não me situo na espera
e por profissão de fé,
acredito em circunstância,
acredito em vida intensa,
acredito que se sofra,
mesmo muito, por amor.
Adeus homens moderados,
Adeus homens moderados,
adeus que sou diferente.
Compreendo a mulher
que rasga as vestes
em grande dor
e sinto imensa ternura
pelo homem desesperado."
Lupe Cotrin
pelo homem desesperado."
Lupe Cotrin
Um comentário:
Olá!
O meu nome é Carlos Veríssimo e tens um poema meu publicado em Agosto.
Fiquei curioso de o ver aqui e mais ainda por saber onde o foste apanhar.
carlospmv@gmail.com
Abraços,
carlos
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