"Podemos falar dos sentimentos, descrever as impressões que nos ameaçam, e revelar o vazio que se descobre na ausência um do outro: nada, porém, é tão inquietante como a dúvida, o não saber de ti, ouvir o desânimo na tua voz, agora que a tarde começa a descer e, com ela, todas as sombras da alma.
É verdade que o amor não é apenas um registo de memórias. É no presente que temos de o encontrar: aí, onde a tua imagem se tornou mais real do que tu própria, mesmo que nada te substitua.
Então, é porque as palavras são supérfluas; mas como viver sem elas? Como encontrar outra forma de te dizer que o amor é esta coisa tão estranha, dar o que nunca se poderá ter, e ter o que está condenado a perder-se?
A não ser que guardemos dentro de nós, num canto de um e outro a que só nós chegamos, sabendo que esse pouco que nos pertence é tudo o que cabe neste sentimento."
Nuno Júdice
É verdade que o amor não é apenas um registo de memórias. É no presente que temos de o encontrar: aí, onde a tua imagem se tornou mais real do que tu própria, mesmo que nada te substitua.
Então, é porque as palavras são supérfluas; mas como viver sem elas? Como encontrar outra forma de te dizer que o amor é esta coisa tão estranha, dar o que nunca se poderá ter, e ter o que está condenado a perder-se?
A não ser que guardemos dentro de nós, num canto de um e outro a que só nós chegamos, sabendo que esse pouco que nos pertence é tudo o que cabe neste sentimento."
Nuno Júdice
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