“Um dos mais belos frutos da construção sucessiva da natureza humana a partir dos estágios subordinados da existência é que se pode mostrar com que necessidade interna o homem, no mesmo instante em que se tornou homem através da consciência do mundo e de si próprio e através da objetivação mesma de sua natureza psíquica – os traços específicos fundamentais do espírito – , também precisou apreender a idéia maximamente formal de um ser supramundano infinito e absoluto. Se o homem – isto pertence com efeito à sua essência, é o ato da própria gênese do homem – se destacou um dia do conjunto da natureza e tornou-o seu ‘objeto’, então ele precisa como que se voltar aterrorizado e perguntar: ‘onde me encontro, afinal, mesmo? Qual é, afinal, minha posição?’ Ele não pode mais dizer propriamente: ‘eu sou uma parte do mundo, sou envolvido por ele’ – pois o ser atual de seu espírito e de sua pessoa é superior até mesmo às formas do ser deste ‘mundo’ em espaço e tempo.”
Max Scheler
Max Scheler
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